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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

a pequena sereia(parte 2)

essa sou eu de verdade, estou com pintura de bikini por que fiquei o dia todo querendo me bronzear
       
             Eu fui logo em direção à janela, nadando com ansiedade para voltar à superfície, eu estava tão alegre para subir de novo, lá eu me sentia tão viva e especial, mas não deu. A minha mãe provavelmente havia mandado os guardas para lá também, na MINHA JANELA!! Eles me empurraram de volta pro quarto, onde eu tropecei na minha cadeira de coral, e fiz um certo barulho, mas não foi barulhento o suficiente para acordar o Linguado, aquele peixinho tem um sono meio pesado, mas então me direcionei vagarosamente até a porta, abri ela em silêncio total, nem subiram bolhinhas, olhei para os lados PORRA!! MINHA MÃE COLOCOU GUARDAS ATÉ NA MINHA PORTA, os caras eram parrudos, me carregaram e me AMARRARAM com algas na minha cama para que eu dormisse, aí foi inevitável, eu tive que dormir mesmo.
      Acordei de manhã com a minha mãe me desamarrando e me olhando com um ar decepcionado
era corda de qualidade
      - Nunca pensei, Alison, que chegaria ao ponto que cheguei- disse - percebi no minuto em que você me olhou feio daquela maneira, que havia criado um monstro mimado e exibido, vá se arrumar para a escola, ao menos isso você pode fazer sem me decepcionar... Eu acho, as tintas estão prontas, se pinte como quiser
      Para vocês, humanos, são usadas as roupas, mas para nós, sereias, isso seria completamente inútil! só serviria como peso adicional e mais nada, então, nós nos pintamos, com tintas de polvo, algas, e até aproveitamos um pouco do sangue dos peixes que comemos, mas são só os que comemos, pois jamais proporcionaríamos tamanha dor de cortar um animal e matá-lo lentamente, apenas pela aparência, por isso, nós sereias, temos dotes artísticos.
amo colar de crânio humano
      Comecei pintando a minha barriga e meus seios com tinta de polvo, depois de cobrir toda a parte de cima de meu corpo, fiz leves pinceladas com algas rosadas próximas á minha cintura, com o pretexto de expressar pequenos arranhões rosa pink, quando terminei, o sol já começava a nascer, eu sentia a luz solar invadir a água tal como a minha mãe invadiu meu quarto sem a minha permissão, mas, afinal, eu posso dar permissão ou não para ela fazer alguma coisa, sendo ela a minha mãe?? Mas, enfim, para dar um toque especial na minha roupa antes do café, decapitei uma escultura do que parecia ser um esqueleto humano, amarrei num cordão que me foi dado pela vóvó no meu aniversário e coloquei como colar, tirei as duas mãos da pequena escultura e as fiz de prendedor, joguei o resto próximo à escultura da garota humana com pernas e nadei até a mesa do café, o clima era tenso, tinham ostras, peixes, lambretas, e muitas outras coisas para serem comidas no café, com certo sabor adicional, graças ao sal natural do mar, mas minha mãe insistia em olhar para as ostras, colocar uma no prato, olhar para mim e suspirar com mais decepção, LOL! ela me assusta! Diferente da história da Ariel, princesa dos mares, que vocês devem ter ouvido, a malvada aqui, é a minha mãe! Ela é que é a durona, meu pai, como sempre, pôs o seu terno, pegou o tridente e se mandou, ele vai muito cedo para o castelo trabalhar em assuntos reais. Não, eu não moro no castelo, lá é apenas onde meu pai guarda as papeladas e documentos de segrado máximo, etc, mas o que importava naquela hora, era que eu ia levar uma bronca daquelas da minha mãe, mas até que não, quando eu terminei de comer a última ostra, minha mãe perguntou friamente:
       - já terminou?
       - já, tô indo.
       Fui para a escola, de onde eu ainda pretendia fugir para voltar à superfície, então fui na direção de Dalla, minha melhor amiga, minha única amiga! Quer dizer... eu sou paparicada pelos garotos e garotas da escola, mas no fundo de tanta simpatia, tudo o que eles querem é a m esma coisa: popularidade, fama e alguns até querem sexo, e eu só tenho quinze anos! Ao chegar perto de Dalla, falei:
       - Oi Dal, sabe o que seria legal?
       - O que?
       - Ir à superfície
       - É, pode ser... Em qual aula?
       - hm... educação física, fala sério! a gente só faz ficar nadando em círculos que nem um bando de patetas
       - é por isso que eu te adoro, sua louca!
mas era uma boa canoa
       E foi isso, na aula de educação física, nós nadamos até a superfície, quando paramos o nosso coração de peixe e pusemos o coração humano para funcionar, eu me senti tão cansada que achei que se não subisse numa pedra logo, Dalla teria de me carregar, por sorte, achamos uma pedra há alguns metros de nós, isso só nos exigiu um pouco de força na cauda, seguramos as pedras e ficamo lá, por uns 5 minutos, ofegantes, até recuperarmos a energia que gastamos foi uma guerra, mas depois, dalla me chamou para brincar de lutinha com pedras de coral, o que pareceu divertido na hora, mas não foi nada divertido quebrar uma pequena canoa de pesca naquelas águas remotas, tinha um cara lá dentro, mais ou menos da minha idade, com um velhinho " ok, então é só levá-los para alguma pedra" pensei, mas logo veio na nossa direção, um tubarão branco, "FUDEU!" pensei, Dalla correu para e puxou o garoto para a pedra, e eu estava puxando o velho, infelizmente, sou mais forte do que rápida, e o tubarão engoliu metade do cara, e queria me engolir também, mas eu comecei aesmurrar a cabeça dele, não queria machucá-lo, realmente, afinal, eçle só fazia aquilo para se alimentar, eu arranhei sua cabeça e esmurrei seu olho, e só assim ele saiu, fui até a pedra, com a cauda ferida e sangrando, mas com um pouco de glória e autosuficiência por ter posto um tubarão para correr, assim como também sentia pena do pobre velho que havia morrido nos dentes daquele animalzinho, quando sentei na pedra, tentei ignorara a terrível dor que estava sentindo, mas era quase impossível, a dor não é só psicológica, é ardente e TERRÍVEL!! Dalla pulou na água e olhando ainda muito espantada para a minha cauda falou:
             - Amiga, tem um dente na sua cauda, eu vou tirar
             - Que???
             Dalla começou a puxar uma coisa dura da minha perna, era, com certeza, um dente que o tubarão havia cravado em mim, aquilo estava ardendo mais que picada de água-viva na orelha, mas quando ela conseguiu tirar, eu senti uma breve sensação de alívio, mas logo voltei a sentir a dor de antes, comecei a chorar, estava ardendo muito! Mas para esquecer esse assunto, perguntei a Dalla:
             - E o humano? ele chegou bem aqui?
             - chegar até que chegou mas perdeu a consciência assim que viu minha cauda, vem, vou te levar para o médico
              Ela me carregou e foi me levando até o hospital mais próximo, enquanto eu tentava tapar as feridas com a mão para que saísse a menor quantidade possível de sangue, eu não ia querer atrair mais tubarões para as ruas de Hayoa, pensa só o que o exército faria com os pobrezinhos? (aqueles odiadores de animais ¬¬) E eu também não tinha sobrevivido até lá para virar café da manhã, mas a minha cauda doía tanto que eu fechei os olhos e fiquei berrando e chorando, eu só lembro de ter sido posta numa maca de coral com uma macia cobertura de algas azuis, eu berrava, e comecei a sentir pessoas tirndo dentes de tubarão da minha cauda, foi horrível, depois disso, acho que perdi a consciência, mas só lembro que depois, e estava numa sala no hospital (não diga!¬¬) com a Dal me olhando preocupada e a mamãe me olhando feio, nossa! quando ela ia parar de tanto joguinho?? Mas olhei para a minha cauda, cheia de curativos e coisa do tipo
            - Venha comigo.- disse minha mãe num tom severo,eu a acompanhei até a carruagem (sim, nós usamos carruagem, são iguais aos carros que vocês usam, mas a porta é na frente e ele é puxado por grandes peixes ou golfinhos) sentei no banco e olhei para ela, estava com a pintura de um terno vermelho com uma blusa vermelha um pouco mais escuro por dentro, seu cabelo estava preso em coque alto, seguro apenas por uma concha comprida e fina - eu sabia que isso ia acontecer, eu sabia que uma hora você ia voltar gravemente ferida da superfície, só não sabia que seria hoje. Esse tipo de coisa é realmente chocante para uma mulher da minha idade.
          Ela ficou lá reclamando comigo, mas eu não dei a menor atenção, eu estava lembrando do humano que eu e Dal salvamos, ele era lindo! Com certeza não existiam muitos humanos mais bonitos que ele. O resto do dia foi perfeitamene normal, exceto, é claro, pelas pomadas que eu tive que passar na minha cauda, porém no dia seguinte, a coisa não foi tão normal! assim que eu acordei, encontrei um monte de caras no meu quarto, usando jaleco e pegando todas as coisas legais que eu consegui na superfície
olha que lindo esse quadro que eu consegui
sobre o sistema reprodutivo dos humanos!
          - EI!- berrei, eu nem ligava do meu corpo estar completamente descoberto, eu ia me ipor e pegar minhas coisas de volta!- ISSO É MEU!- puxei minha escultura de humana da mão de um daqueles patetões- DEVOLVE SE NÃO QUISER VIRAR ESPETO DE PEIXE!
        - Desculpe, princesa Alison- disse um cara com baraba enquanto fazia reverência, ele também usava jaleco que nem os outros, mas o dele era azul- Por ordens da rainha de Hayoa, temos de remover todas as coisas pertencentes à superfície para estudos sobre a raça deles
        - Ah, é? A rainha disse que se vocês não fizessem isso iam ser punidos por militares? E eu digo que se vocês fizerem isso serão punidos pela mamãe aqui!- A mamãe aqui sou eu, mas a minha ameaça não deu certo, eles continuaram tirando tudo de lá! Eu fiquei PUTA!! fui na direção da minha mãe, e çperguntei- Mãe, o que significa isso? São as minhas coisas! Você não tem o direito de dar minha coisas para esses cientistas
         - Essas coisas se tornaram um perigo para você, Alison! São má influência e quero que mantenha distância disso. Portanto estou doando seus pertences humanos à ciência
         - O que?? Você não tem o direito! Já chega! você não respeita o que é meu! Eu vou cair fora okk?
         Saí nadando muito rápido em direção à porta da frente, com todos atrás de mim, guardas, mamãe, papai, todo mundo, mas eu consegui escapar! Nadei  para o parque central de Hayoa, mas eu não sabia o que fazer! Iam me achar lá com certeza!
        - Venha comigo, criança- disse uma garota e meio sinistra, com a calda laranja, meio desgastada e uma pintura muito básica no corpo- eu tenho o lugar perfeito para você
        - Olha, eu aprendi desde pequena a não falar com estranhos, e eu não sou criança- quando olhei ao redor, deu para avistar a minha mãe com os guardas e meu pai vindo atrás de mim- mas parece uma ótima hora para ir ao lugar perfeito- falei num tom apavorado
        - Levem-nos!
         Nessa mesma hora, eu e ela fomos envolvidas por águas negras, eu fechei os olhos, estava um pouco assustada, então fechei os olhos, quando abri, estava numa espécie de laboratório
          - onde estamos?
          - O importante é que estamos aqui e acabou, então criança, quer ir à superfície, pois esse é o lugar que realmente ama?
          - Bem... é, mas eu só...
          - venha comigo!
         - O que?
         - Quer as suas pernas?
         - Quero
         - Siga-me
         Ela começou a nadar em direção à uma maca e me mandou deitar, eu deitei e ela começou afalar as coisas mais macabras que eu já ouvira
         - Uma sombra se transforma em duas, sem medo de ser roubada do mal divida-se em uma multidão!!!-Ela cravou as unhas na minha cauda, eu começava a sentir medo de ser atacda de novo por um tubarão, mas principalmente, senti dor, muita dor! E em seguida, a sensação de milhares de sóis explodindo na espinha da minha cauda, soltei um berro agudo, mas depois de sentir um breve choque no final da cauda, senti como se tivesse duas delas " Oba! Pernas!" Olhei para baixo e as vi! lindas! como sempre via nas estatuetas de madeira, argila, e até ouro- Mas todos os desejos realizados têm um preço, criança.
        - Dá pra parar de me chamar de criança?
        - O que eu quero em troca das suas pernas, é a sua voz! Sua habilidade maravilhosa de cantar é tão comentada pelas ruas de Hayoa, que seria fantástico ter isso para mim
        - Mas isso... não dá não.
        - Veremos!
        Ela cravou as unhas no meu pescoço, eu pensei que ia morrer, mas aí eu vi uma fumaça rosa saindo da minha garganta, pensei que estava sangrando mas eu não sentia gosto de nada! na verdade nem senti tanta dor, senti mais falta de ar que dor, mas logo depois eu pergntei o que havia acontecido e ela disse que eu jamais cantaria bem de novo, eu nadei até a superfície, super feliz por ter minhas pernas mas apavorada com o fato de nunca mais poder cantar bem de novo, será que tinha sido um bom negórcio? Não importava! porque quando pensei nisso, eu já estava na superfície. E agora?


                                          continua...

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