- Genna, não é o que está pensando - Falei me colocando na frente do meu laptop
- É EXATAMENTE O QUE EU ESTOU PENSANDO! EU TE CRIO, DOU ROUPAS COMIDA, SAPATOS, LHE PROTEJO DESSA TERRÍVEL PRAGA ZUMBI, E COMO VOCÊ ME AGRADECE?? - Ela começou a andar na minha direção - Conspirando contra mim com esses agentes da OPPE com a mente mais fechada que esta maldita torre! Pensei que você fosse diferente Rapunzel, que você fosse me obedecer como uma boa filha, mas você é só mais um daqueles idiotas! Vejo que terá o mesmo destino que eles!! - Ela retirou do avental surrado, uma agulha hospitalar contendo um líquido transparente dentro - PREPARE-SE PARA A PRAGA, MOCINHA!! - "PREPARE-SE PARA A PRAGA" essa nem parecia a voz da Genna, mas me parecia familiar "PREPARE-SE PARA A PRAGA" lembrava de ter ouvido isso em algum lugar... Um flashback veio à minha mente: "15 de março de 2053, Liza pegou a praga, e ontem alguém gritou 'prepare-se para a praga', eu não consegui identificar..." "18 de agosto de 2057, uma pessoa gritou 'prepare-se para a praga' ontem e hoje o Josh pegou a praga Zumbi... Estou com medo!" Todas essas frases eram de meus diários de quando eu tinha 7 e 11 anos, lembrei de muitos outros também, mas as vozes que eu ouvira no dia em que escrevi aquelas páginas
Liza |
Ela parece estar com maquiagem, mas era a sua pele se deteriorando :'( |
Pouco cérebro, e ouca carne humana... |
- ISSO É PELO QUE FIZERAM COM A MINHA IRMÃZINHA!!! - Era ele, e era o mesmo que empurrou a Liza, como o destino era maravilhoso, mas eu queria matar a todos, quando algo me puxou com mais força que eu, me desesperei, não devia ter procurado briga com os zumbis, apertei os olhos, nenhuma mordida, nenhum arranhão, quando os abri, vi que estava do lado de dentro da cerca, levantei-me, olhei para a mulher, ela ainda estava muito espantada, me puxou pelo pulso e adentramos o prédio, haviam muitos comutadores, pessoas andavam de um lado para o outro, provavelmente sem tempo de darem atenção às outras, mas muitas também, tentando achar uma vacina para essa maldita praga
- Rpunzel! - Disse a mulher do vídeo vindo de longe na minha direção, então quem estava comigo? - Vejo que já conheceu minha filha! - O ninja tirou a máscara e olhou para mim, era uma garota, com os olhos dela, mas bem mais jovem, ela soltou o cabelo, era comprido, loiro, cacheado e tinha algumas mechas marrom claro - Vocês duas, sigam-me - Fomos andando até uma parede de ferro, ela se elevou, mostrando um corredor cheio de portas, ela foi até uma porta no fim do corredor, me mostrou um quarto branco, cama de casal branca, televisão de cor branca, armário branco, video-games brancos, computador branco, tapetes brancos, chão branco teto branco, até o lustre era branco! - Rapunzel, este é o seu quarto
- Mas é todo branco!
- É, mãe - Disse a menina - Por que o quarto das outras pessoas é em cores?
-Considere isso - Disse a tia, que eu ainda não sabia o nome - Como um exercício para os seus poderes, decore mentalmente como quiser!
- Tudo bem - Eu entrei no quarto - Mas antes eu tenho uma pergunta: Quais são os poderes das outras crianças?
- Telepatia, combustão de objetos mentalmente, mas a maioria tem apenas um, de todos os adolescentes que estão aqui, você é a única que tem todas as habilidades mentais juntas, por isso deve exercitá-las - Eu ia perguntar o nome delas, mas achei que seria estranho, olhei então nos crachás delas, o nome da moça do vídeo era Joanna e a filha dela era Juliett, elas viraram as costas e saíram, eu fechei a porta, virei para o meu quarto e começei a pensar em como decorá-lo. Coloquei o carpete de cor vermelha, deixei as paredes brancas, o lustre ficou dourado, a TV preta e o lençol da cama ficou rosa pink com umas caveirinhas rosa bebê, coloquei azul marinho no video-game e o laptop ficou verde neon, resolvi então pintar na parede como se tivessem alguns quadros tipo a monaliza, etc., pintei o armário da mesma cor que a cama, abri ele: Roupas completamente brancas, decorei uma por uma ao meu estilo, a Juliett entrou no meu quarto:
- Tudo bem aí?
- Claro, Jully, posso te chamar de Jully?
- Pode. Ah, precisamos te mostrar uma coisa
Jully tem um cabelo Divo |
- Está ciente de que será presa, pelos próximos dez anos não é? - Dizia uma senhora de cabelos ruivos, meio ranzinza, no vídeo
- Sei, mas isso não me impedirá de dominar o mundo, nunca - Isso até me espantaria, ontem. Mas ouvi a voz da Genna falando calma e tranquilamente no vídeo - Um dia todos vocês obedecerão a mim, e eu serei uma deusa
- Mas hoje, apenas terá que ir para a sua cela
- Eu sei.
- De repente - Falei - Nem parece a tia Genna
- É por isso - Ele olhou para mim - Que você tem que detê-la, pois ela pode conseguir
- O que?
- Rapunzel, os dias estão se passando, todos aqueles corpos não ficarão lá para sempre, você tem que exercitar suas habilidades para impedir que ela faça do mundo seu império
- Jully, eu... Eu não posso fazer isso
- Por que não
- A tia Genna não gosta mais de mim, e ela também é uma psicopata, eu sei, mas não posso matá-la, tenho que ser grata por ela te me criado como uma filha, eu acho
- Ela não foi boa com você por você, foi boa com você por ela
- Eu sei, mas isso não mudou o fato de que ela foi boa comigo
Ela SEMPRE me tratou como uma filha (aos 8 anos meu cabelo era marrom) |
- Farei
- Infelizmente, amiga, o que está querendo escolher não é o certo
- Eu sei, eu a matarei. - De repente senti os meus olhos ficarem mornos de novo, ficaram úmidos, e deixei uma lágrima escorrer pela minha bochecha, me senti horrível de novo, e antes que a Jully ou qualquer outra pessoa olhasse pela câmera, enxuguei ela.
- Então teremos que começar logo o seu treinamento
- Que treinamento?
- Você tem que aprender a controlar seus poderes
- Tá legal
- Vem - Ela se levantou e eu a segui
Ela me levou até uma porta ao lado da minha, a sala também era toda branca, e sem mobília, apenas a Joanna lá, parada
- Rapunzel, aqui vamos testar os seu poderes, atiraremos em você com armas para você desintegrá-las com sua mente, acha que consegue?
- Tenho certeza - Eu engoli o choro e subi no tablado para onde a Juliett apontou para eu ir
Ela apertou um botão num controle remoto, um monte de flechas foram lançadas na minha direção, eu fiquei parada e as olhei fixo, quebrei todas no meio, de uma vez só. Do outro lado da sala sairam uns 3 facões, eu entortei a primeira na parte do metal, a segunda eu fatiei em 10 pedaços, e a terceira foi freada e caiu no chão, e depois eu a explodi. Mal deu tempo de eu respirar fundo, que quando eu olhei para trás estavam sendo atiradas na minha direção, cinco estrelas da morte, eu as voltei de novo contra a parede, onde permaneceram cravadas, quando eu finalmente achei que havia acabado, não, no último lado da sala que havia sobrado, um míssil gigante veio na minha direção, eu o fiquei observando, concentrada, ele era muito grande, faltava 1cm para me atingir e enfim, foi reduzido a pó. Mas eu pensei "Me faltará coragem para fazer isso com a mulher que me criou como uma filha"
Continua...
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