- Jokin!!! Meu bebê está nascendo
- O que????
- O que eu faço??????
- Coloque o ovo no chão, ele precisa fazer isso sozinho!
- O que? Não vou colocar o meu ovo no chão! ele é meu bebê! Não posso deixá-lo fazer isso sozinho! Ele não tem nem um ano!
- Coloque ele no chão!
- NÃO!!
- Abigail, ELE tem que fazer isso! E você não pode fazer por ele!!!!
Eu olhei o ovo e coloquei ele no chão, mas era óbvio que eu ainda queria segurá-lo para ajudar de alguma forma, e se a casca arranhasse ele? Tá, eu sei que era gelatinosa, mas a pele dos bebês é muito sensível não é? Mas eu não sabia no caso dos bebês aliens, o ovo estava se abrindo, estava se rachando cada vez mais, eu conseguia ver uns três dedinhos cor de pele, depois passava um braço do tamanho de um palito de dente, o ovo rachou mais e se rasgou todo, repentinamente, e o bebê estava lá, como se fosse engatinhar no chão, o bebê era recém-nascido e já estava engatinhando na minha direção, eu abaixei e peguei ele, segurei com as duas mãos
- Mas ele é tão pequeno
Eu abracei ele, eu simplesmente não podia acreditar que agora eu tinha um filhote de alienígena, o Jokin saiu de perto e depois voltou com uma tigela de porcelana que tinha uma pequena almofada parecida com o travesseiro da cama que eu dormi
- Que tal? Pode ser uma cama temporária para ele?
- Claro - Eu coloquei ele devagar dentro da tigela e o Jokin pôs perto da minha cama, ele pegou uma bolinha gelatinosa esverdeada e pôs na mãozinha dele, ele levou até a boca e começou a comê-la, ele havia acabado de nascer, e já engatinhava e comia sozinho, era muito fofo
- Quer dar uma volta?
- E deixar o bebê sozinho???
- Os aliens cinzas dormem durante o dia e ficam acordados à noite
- E ele é um deles?
- É sim, mas eu nunca vi um com esse tom de pele antes
- Deve ser porque o ovo estava em mim, e eu tenho esse tom de pele, bem... Provavelmente aconteceu alguma coisa... Acha mesmo que ele é um dos cinzas?
- É muito provável - O bebê já estava dormindo quando eu olhei mais uma vez para ele
- Então vamos dar uma volta - Eu me esforcei para parecer calma, mas estava meio agoniada, o meu filhotinho alien era da mesma espécie que aqueles monstros! Ele carregava aquele DNA maldito nas veias "Ele tem veias?" pensei "É claro que tem, todo mundo tem veias!" Fui com o Jokin até a cúpula que estava no apartamento dele, que era um metrô muito estranho, ele nos levou até um parque, a grama era branca e tinham muitas árvores como as do jardim do Jokin, além de arbustos com folhas azul flourecente e flores gigantes, até algumas plantas carnívoras parecidas com aquelas dos videogames do super
mário, também conseguia ver alguns animais que pareciam unicórnios, mas tinham seis patas e um chifre em espiral de cada lado da cabeça, eu tinha até vontade de montar nele, mas eu não ia pagar um mico desses, ainda mais agora que o Jokin estava prestes a segurar minha mão, eu sei que não era grande coisa, mas já era um começo, eu acho. A gente ficou andando lá de mãos dadas, algumas pessoas até olhavam para a gente, pois em Dohyan, nunca foi muito normal albinos e alados namorarem e nós parecíamos até namorados, eu fiquei feliz por parecermos namorados e estampei um sorriso tão grande no rosto que após uns cinco minutos minhas bochechas estavam simplesmente me matando. Logo a gente voltou pra casa, mas voltamos andando.
Chegando em casa, fui direto para a tigela onde meu filhotinho alien ficava, olhei para lá, a tigela estava vazia, não tinha nada
- Jokiiin!!!!!! O Mork sumiu!!! AAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!
- Abby, quem é Mork?
- É meu filhote!!! Você disse que ele ia dormir o dia todo! VOCÊ MENTIU! VOCÊ MENTIU! VOCÊ MENTIU! - A essa altura, eu já estava começando a chorar e esmurrar o ombro dele
Essa era a tigela do Mork |
Jokin me puxou pelo pulso e me mostrou o holograma que saía daquele tapete de novo, dessa vez eu não via mais o planetinha, era um homem normal, cinza, similar aos dançarinos do meu sonho, o meu sonho... As coisas começaram a parecer peças de um quebra-cabeças, mas eu não sabia como organizá-las, eu não era ruiva, eu não dançava ballet, e por que tinham vários bailarinos cinza, se só havia um no vídeo? Eu não sabia, mas aquele homem bizarro começava a falar numa outra língua alienígena, que eu entendi devido as minhas orelhas bizarras, mas o Jokin não deve ter entendido, pois a língua era de outro planeta:
- Olá Abigail, se estiver procurando o seu precioso neném, é melhor esquecê-lo, pois agora ele está aqui, no lugar dele, onde será treinado para exterminar a sua raça humana primitiva da forma correta - Ele levantou um aquário vazio, tampado e metálico na parte de baixo e de cima, onde o Mork estava - desculpe o transtorno, Obrigado.
O vídeo se desligou, e apareceu a data da gravação e a hora, tinham quase 40 segundos que aquilo estava ali
- Abby, o que ele disse? - Eu permaneci imóvel - Abby! Abby! - Agora o Jokin me sacudia pelos ombros afim de obter algum êxito em me fazer reagir, mas com fracasso - Abby, o que ele falou! Ele pegou o seu filhote!! ABIGAIL!!!!
- Meu Mork... Ele pensa que pode pegar o meu filhote alienígena e sair ileso???? AAAH! MAS EU MATO ELE!!!!
Fui furiosa, dando passos fortes até o quintal, abri minhas asas e comecei a sobrevoar a cidade, encontrei a nave deles, era cinzenta e tinha uma cúpula de vidro cheia de larva e líquidos verdes em cima, parei completamente de bater as asas, pulei em cima da nave, dei um soco na cúpula deixando todo o líquido escorrer pelos lados, mas me mantendo firme, mesmo que molhada, na borda da nave, dei outro soco na parte de metal e consegui quebrar, minha mão doeu muito, mas eu não liguei, não ia deixar eles levarem meu filhote, era quase um bicho de estimação! Vi logo à minha frente uns três caras parecidos com os dançarinos do meu sonho, e mais três baixinhos barrigudos e cabeçudos, agora eu entendia a quantidade absurda de homenzinhos cinzas do meu sonho...
Agarrei o pescoço do primeiro cara cinza que vi, ele tinha a minha altura e se parecia com um humano, mas além de cinza, ele tinha cara de velho!
- Cadê o Mork???!
- Quem é Mork?
- Meu bebê!!
- No laboratório! Não está nessa nave... Ele já pousou no nosso planeta - A respiração dele ficava cada vez mais ofegante e abafada - Vai precisar de uma nave ao nível da nave mãe...
Eu soltei o pescoço dele, abri minhas asas e saí da nave, voltei para o quintal do Jokin, onde ele estava me esperando, pousei na grama
- Jokin! Já o levaram para o planeta deles! Me arranja um foguete!
- Abby, você não pode! Não sabe mexer em foguetes ainda, levaria anos para aprender!
- Você pilota para mim.
- Abby, eles só querem atrair você!
- Pois conseguiram! Me leva lá agora!
- NÃO!!
Mesmo quando é de dia o céu continua meio azul escuro |
- Tá legal, onde é que está a sua nave?
- Ela não é minha, e eu não vou te dizer onde está! Não vou lhe expor à esse perigo
- Se não me expor à esse perigo, eu te solto e VOCÊ estará exposto a um perigo.
- Eu não vou dizer - Eu soltei um pé dele - AAAAH!!!
- Me diz agora!
- Tá bom! TÁ BOM
Eu virei ele de cabeça para cima, ele foi me indicando o caminho, chegando lá eu perguntei:
- Como é que pega uma nave aqui?
Ele começou uma conversa à base de sussurros com o chefe dele, eu não consegui escutar nada por mais que eu esforçasse meus ouvidos, por algum motivo, o chefe do Jokin balançou a cabeça como se dissesse não, percebi que não íamos pegar uma nave mais tão cedo, quando Jokin começou a discutir alto com o chefe dele e depois começaram a brigar, lutar mesmo, bater um no outro. Enquanto estavam se agarrando e socando a cara um do outro, eu fui vagarosamente até uma porta aonde estava escrito "Somente pessoal autorizado" rezei para que as naves estivessem lá dentro, abri bem devagar a porta, que fez um suave rangido, tudo ficou quieto e silencioso, meu coração acelerou, eu estava a ponto de gritar, aquele pequeno barulho poderia ter desviado a atenção do Jokin e do seu chefe mala! Olhei para trás esperando ver os dois olhando para mim de braços cruzados, mas não, ao olhar para trás, só
Uma das trancas da porta era esse botão... |
- Calma, calma! Eu... Eu não sou do mal... - "Nossa! Eu disse isso mesmo??" Pensei "Que patética" - Sou eu, a híbrida perfeita... Vocês sabem... A garota que veio da terra e...
- Você não é a Abigail - Disse um guarda no fim do corredor, em frente à porta da nave mãe
- Abby, obrigada, e... Sou sim.
- Prove
- Me pergunte algo
- Qual o seu número de mutação? - Ele pegou um tipo de Ipad enquanto todos os outros apontavam armas para mim
- Acho que sou o nº... Cinco, Um... Dois, Seis! É isso!!
- Nome completo?
- Abigail Taylor Miller
- Você parece inofensiva, mas agora eu quero o seu DNA
- Meu DNA??
As armas eram tipo assim Î |
- Eu mesma, e quero o meu bebê alien, que está naquele planeta com as armas dos cinza! Mas não sei pilotar uma nave! Quero que um de vocês pilote a nave mais potente e cheia de armas que tiverem para mim!
- Eu posso me encarregar, senhorita? - Disse um outro guarda magricelo do meu lado enquanto se ajoelhava
- Senhorita...? É. Gostei disso! Pode sim. E qual seria a nave mais potente?
- A nave-mãe, senhora, mas...
- ABRAM ESSA PORTA JÁ!! A HÍBRIDA NÃO PODE SE EXPOR A ESSE PERIGO!! VAI COMPROMETER TODA A NOSSA MISSÃO!! - Esse era, provavelmente o chefe do Jokin
- NÃO! EU TENHO QUE IR SALVAR O MEU FILHOTE!! É MELHOR ME OBEDECEREM, VIU? EU TENHO... SUPER-PODERES DA TERRA... E... E... VOCÊS NÃO QUEREM ME VER BRAVA! - Eu olhei rapidamente para os dois lados, apenas com os olhos, não sei por que, mas faço isso quando estou mentindo
Acho que eu tinha que me lembrar que eu sou da Terra e não da liga da justiça :x |
Eu fiquei petrificada por uns segundos, pensando no que poderia fazer, então fiz uma coisa que nem eu esperava que eu fizesse: Agarrei o molengão que me chamou de senhorita com a minha cauda, abri o portão com as minhas próprias mãos, começaram a atirar, mas logo eu me joguei debaixo dele e o atravessei, junto com o molenga, mas levei um tiro no pé, então voei até a entrada da nave, joguei o molenga no chão e berrei:
- Pilota isso!!!
- É pra já, senhora - Eu enfiei a mão perto do meu calcanhar e arranquei a bala, o que só fez sangrar muito mais - Qual o destino?
Eu ia mandar ele me dar uma mochila à jato (se é que eles tinham) ou algo assim para que eu pudesse resgatar meu filhote, mas percebi que tinha uma nave ao meu lado, do vidro, eu conseguia ver um dos cinzas que se pareciam com o dançarino do meu sonho segurando o meu bebê como se fosse uma jóia preciosa, então disse:
- Apenas destrua o planeta com as armas mais potentes que essa nave tiver, e eu também quero uma roupa espacial para ir até aquela nave do nosso lado
- É pra já, senhora - Ele começou a apertar uma série de botões de inúmeras cores e imediatamente o planeta começou a ser bombardeado - Senhora, não temos trajes espaciais aqui agora!
Eu comecei a pensar no que fazer, o meu filhote estava ali do lado e eu não podia salvá-lo, ótimo, iam maltratar meu filho como fazem com os filhotes deles bem na minha frente, quando olhei para o lado, vi uma nave, uma das nossas, um pouco menor, mas uma das nossas, o Jokin estava lá, ele foi até a nave-mãe, vestido com um traje espacial por cima de suas roupas, Jokin entrou por uma passagem com um portão, um pequeno corredor e logo depois outro portão de vidro, o primeiro portão, o de ferro, se abriu e o Jokin, entrou com uma certa dificuldade, logo após ele se fechar o de vidro foi aberto, senti uma brisa assim que ele foi aberto, o que foi meio estranho, mas não liguei, estava feliz de o Jokin estar lá e ter um traje espacial
- Jokin!! Preciso de um traje espacial agora!! Pode me emprestar esse?
Eu devo ser a humana mais forte mesmo! Levantei essa coisa! |
- Atirem nela!!! - Berrou apontando para mim, todos atiraram, e eu morri de medo, não queria levar outro tiro! O que eu já havia levado ainda estava doendo muito, por impulso, pus as mãos e asas na frente do rosto, como se isso fosse me proteger, pois protegeu, minha asa serviu como um belo escudo e eu não senti quase nada, eu não sabia disso antes, mas agora sim dava para eu lutar! Fiquei com uma expressão furiosa e séria, tirei as asas da minha frente e caminhei raivosa na direção daquele E.T, eles atiravam em mim, mas eu defendia com as asas - Idiotas! Atirar não vai adiantar! Defendam o seu líder! Ataquem-na sem o uso das armas!
Esses são os aliens baixinhos e pescoçudos |
O silicone era bege desse tom |
- Abby, fique calma! - Ele tirou do bolso uma coisa bege, parecia silicone, mas era mais suave que isso, ele enrolou aquele tecido no meu pé todo e disse - Isso é uma pele artificial, o seu pé não vai doer até sarar
- Brigada. Mas agora eu preciso que vocês destruam esse planeta de imediato! - O puxa-saco começou a dar a ordem apara a galera atirar e acabar com aquele planeta, uns cinco minutos mais tarde, o planeta explodiu, simplesmente explodiu, como se seu núcleo fosse feito de dinamite, então o puxa-saco começou a dar a ordem para todo mundo se retirar, tudo aquilo havia acabado e nós havíamos ganhado. Retornando à Dohyan, encontramos o chefe do Jokin nos olhando feio "Deu merda" pensei "fodeu"
- Escutem, vocês desobedeceram uma ordem de um agente do governo, me agrediram fisicamente... E eu não acredito - Baixamos nossas cabeças como se fôssemos criancinhas de três anos depois de levar um carão da professora - Eu não acredito que vocês tiveram que fazer tudo isso para que eu percebesse, todas essas técnicas, todas essas análises, tudo isso foi inútil, eu não prestei atenção na coisa mais simples que poderia: Simplesmente agir. Nós precisávamos de alguém com atitude aqui,e graças a você, agora eles não tem mais medo de mostrar isso.
Ele deu as costas e saiu, o Jokin me chamou cochichando, como se fosse me falar algum segredo, ele ficou me encarando, e eu queria saber o que era, mas depois de refletir um pouco, resolvi não perguntar, porque a minha boca já estava bem ocupada respondendo ao beijo dele.
Eu ia continuar morando naquele planeta, com certeza, pois eu não poderia voltar à Terra. Tentaram fazer experiências comigo na área 51 quando eu tinha uma cauda, imagina agora que eu tinha uma cauda, asas, um bebê alien e ainda por cima um namorado extra-terrestre.
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