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sábado, 2 de abril de 2011

A Mutação (Parte II)



   Tá legal, eu havia explodido uma base militar, quebrado dois robôs do governo, roubado uma caminhonete, também da base militar,e estava perfeitamente perdida no meio de um deserto com apenas uma estrada 

acabada "eu vou andando por essa estrada e ver aonde ela vai dar...", andei por uma hora, quando comecei a avistar uma cidade, seria uma miragem? Estaria o sol afetando a minha cabeça? Não, eu estava vendo uma cidade, fui naquela direção cheguei, cheguei a Las Vegas, eu estava com a roupa toda suja e rasgada, um horror, mas eu nem liguei, saí da caminhonete e fui à procura de um orelhão na mesma hora, o primeiro que achei, resolvi ligar para a minha mãe, eu achei que a conversa ia ser mais ou menos assim:
   EU: "Alô, mãe, eu estou bem"
   MÃE: " filha, onde você estava?"
   EU: "Não importa, mas agora eu consegui fugir e fui parar em Las Vegas, vem me buscar?"
   MÃE: "AI QUERIDA! EU FIQUEI TÃO PREOCUPADA COM VOCÊ!! ESTOU INDO TE BUSCAR AGORA!!"

Mas na verdade, ficou chamando sem ninguém atender, então voltei para a caminhonete e consegui voltar para a minha cidade em algumas horas, na verdade cheguei lá de noite, vi a minha mãe pela janela, desesperada com o telefone no ouvido, a Ferrari já não estava mais no quintal, mas as marcas das rodinhas ainda estavam lá, corri até a porta, bati com força, minha mãe veio correndo e abriu, me deu o abraço mais apertado que já havia dado na vida e começou a chorar, mas eu só conseguia pensar em comida e em um banho naquela hora, então retribuí rapidinho o abraço, mas logo corri para a cozinha e comecei a atacar um potão de sorvete de morango, em menos de cinco minutos consegui devorar tudo e logo corri para o banheiro e fui tomar um banho de banheira, depois de estar brilhando de tão limpa, enrolei uma toalha no meu corpo e no meu cabelo e saí do banheiro junto com todo aquele vapor que havia se acumulado durante o meu banho, abri o guarda-roupas, peguei uma camisa velha do meu pai (eu uso camisas velhas do meu pai para dormir porque são mais confortáveis que as camisolas, por isso estava no meu guarda-roupas) e vesti, deitei na minha cama e comecei a ver TV, ainda com 

muito medo, pois se eu havia fugido de lá, eles voltariam para me pegar, e por que haviam me chamado de "híbrida"? Os E.Ts que me modificaram voltariam? Todos esses pensamentos estavam na minha cabeça, quando a minha mãe entrou no meu quarto e começou a falar:
   - Abby, estou tão feliz que você voltou para casa! Eu tentei inúmeras vezes ligar para a polícia, mas eles só diziam que era trote, que já haviam ouvido isso antes, e eles falavam de um jeito tão apreensivo, como se quisessem se livrar logo das minhas ligações, como... Se estivesses escondendo algo, querida... Estou tão feliz que você esteja em casa
   Ela me deu um abraço e depois saiu do quarto ainda olhando para mim com aquela cara de mãe, mas eu ainda pensava "o que é uma híbrida?" eu estava me preocupando demais, resolvi dormir para ver se relaxava, e tive outro sonho com alienígenas, eles não me abduziam, era a continuação da apresentação de balé da outra vez, agora o alienígena cinza tinha a pele completamente branca, olhos negros, de tamanho normal, um cabelo loiro e um macacão verde bem justo, eles começavam a dançar, ela ficava girando e segurando a mão do cara loiro e era como se o cara protegesse ela dos 
Ela usava uma meia calça verde, na
verdade, toda  a roupa dela era verde
como se estivesse representando um
traje espacial
dançarinos cinzas do fundo o tempo todo. Acordei no meio da noite 

terrivelmente nauseada, rolei pela cama, caí deitada no chão, me ergui nas pernas e braços ficando, assim, de quatro no chão e comecei a vomitar alguma coisa, quase não consegui respirar, e quando finalmente pus para fora vi o que estava a minha frente: um ovo, similar a um ovo de galinha no tamanho, porém de coloração lilás, com alguns reflexos esverdeados "é o ovo do meu primeiro sonho!" corri até a meu pai, pois a minha mãe jamais acreditaria:
   - Pai! Pai! Olhe isso!! - mostrei o ovo perto da cara dele, ele estendeu um pouco a mão e o pegou, olhando fixo
   - Bem, Abby, está lindo este ovo pintado que você fez
   - Não, pai, não é um ovo pintado, isso saiu de mim, eu acabei de...
   - Você pegou as fezes do vaso??
   - PAI! QUER PARAR DE ME INTERROMPER??? Eu vomitei esse ovo a uns... 3 minutos.
   - Não, você não vomitou ele. - Falou o meu pai como se estivesse conversando com uma criança de 6 anos
   - AARGH! Já chega! Vocês definitivamente não entendem!
Era exatamente assim
   Saí correndo do quarto dele e fui até a sala, peguei um troféu de 1º lugar, de plástico que eu havia ganhado na alfabetização por melhor dança da sala, levei ele ao meu quarto, pus na escrivaninha e coloquei o ovo dentro dele, coube certinho, comecei a cutucar o ovo e ele era um pouco mais macio que um ovo de galinha, era estranho, a casca parecia mais uma membrana flexível e resistente "mas o que é essa coisa?" pensei "Talvez um filhote alienígena..." Nessa mesma hora, uma luz azul e brilhante entrou pela janela do meu quarto, a minha mãe, muito provavelmente estava, como sempre ela faz as 3 da manhã, no ateliê, pintando alguma coisa, então eu não poderia chamá-la, a porta sempre ficava fechada, e se ela visse que eu sumi de novo, e dessa vez diante dos próprios olhos dele, ia dar outro ataque, só fui dando 
passos lentos de em direção à minha porta, ainda com os olhos fitados na luz, encoste na maçaneta, já não tinha mais para onde andar no meu quarto, então, o tempo parou de novo e eu comecei a ser puxada e flutuar, enquanto eles me puxavam lentamente, eu estendi o meu braço fazendo certo esforço e peguei o meu ovo alienígena, e eu me encontrava de novo naquela nave branca cheia de carinhas cinzas
   - O QUE VOCÊS QUEREM DE MIM??? - berrei
Eles me assustam... Muito.
   Vários deles me seguravam, dessa vez com força e não eram mais gentis, como da última vez, só tentaram me levar para aquela maca de novo, mas eu usei a minha cauda nova para dar uma rasteira em todos aqueles E.Ts, saí correndo na direção contrária à que eles estavam me levando antes, quando aconteceu uma explosão gigante numa das extremidades da nave, entraram um monte de caras de pele completamente branca, cabelos loiros e longos e olhos de tamanho normal, 100% pretos, eles me seguraram nas mãos, nos braços, e em todos os outros lugares onde eu poderia reagir àquela captura, eles me vestiram um macacão branco e puseram uma máscara em mim, ligada a uma pequena caixa, provavelmente de oxigênio, me levaram então para uma outra nave e eu comecei a gritar:

   - JÁ CHEGA! ME LARGUEM! - Eu me retorcia como uma minhoca, mas nunca me soltavam, eu estava definitivamente presa, um deles arrancou a máscara do meu rosto, o ar da nave era respirável, eles me prenderam com uma algema muito tosca e estranha, não sei bem como descrever, era flexível e com a textura similar ao meu ovo alienígena, que ainda estava na minha mão, mas era verde neon - ARGH! - berrei, eles me jogaram dentro de uma sala quase vazia, apenas com um deles sentado numa cadeira e a outra estava vaga, quando eu levantei, com as mãos em frente às coxas, o alienígena loiro se aproximou com um sorriso, mas aquilo não era bom, não era bom mesmo, aliens não sorriem! E uma criatura daquelas sorrindo me apavorava mais que qualquer outra coisa, ele me segurou pela parte de cima do braço. Eu perdi o controle. Soquei a cara dele ainda com as mãos juntas uma de costas para a outra, pois a mão que eu não bati estava segurando o ovo e eu queria protegê-lo, não entendia bem por que, mas agora acho que ele era o meu ovo de alien - ME LEVE PRA CASA! EU VOU GRITAR - Mas eu JÁ estava gritando - ME LEVEM DE VOLTA PARA A TERRA!!!!
 Ele segurou as minhas mãos com força e me mandou uma espécie de mensagem telepática me pedindo calma, então eu falei:
   - Só vou conseguir ter calma nesse lugar quando porcos criarem asas!


  Quando finalmente ele soltou a minha mão, falou:
   - Tenha calma, está entre amigos! - Ele disse isso numa língua alienígena muito bizarra, mas por algum motivo eu consegui entender, acho que isso se dava às minhas orelhas que agora estavam pontudas, eu devia ouvir e falar todas línguas alienígenas, mas não pensei nisso na hora, só falei na língua dele:
   - Amigos? Amigos? Só para a gente se entender: Amigos não colocam caudas pretas e pontudas a outros amigos, amigos não levam a força os outros amigos para casa e o mais importante vem agora: QUANDO AMIGOS VÃO DAR PRESENTES A OUTROS AMIGOS, NORMALMENTE DÃO UM DOCE OU UM BICHO DE PELÚCIA E NÃO UM FILHOTE DE ALIEN!!!! - Eu retorcia meus braços tentando socar ele, mas agora ele segurava minhas mãos com os dois braços
   - Abigail, não fomos nós que fizemos isso com você!
   - Então me diz agora o que está acontecendo!! -Ele soltou os meus braços e tirou as algemas, eu pus o meu ovo de alien no braço da cadeira
   - Você é uma híbrida, uma criação entre animais e humanos feita pelos cinza
   - Que merda é essa?
   - Sua mãe... Sabe como engravidou de você?
Las Vegas
   - Bom... Não foi uma história muito romântica, ela se embebedou em Las Vegas depois de perder o emprego, entrou no quarto errado do hotel, que estava com a porta aberta, transou com meu pai e depois se casaram em Vegas mesmo, quando minha mãe descobriu que estava grávida se mudou para o local onde eu moro agora.
   - Bem... Não foi assim, você foi modificada antes de nascer, misturaram você com outras habilidades de animais, você tem mais força, resistência, mais velocidade e flexibilidade que os humanos normais, isso não é muito perceptível, mas se você entrasse em muitas brigas ou fizesse maratonas...
   - Por isso eu consegui arrancar a cabeça dos homens de preto! E o dardo não me pôs para dormir naquela hora...
LOL
   - Enfim, sua mãe é mais um dos humanos de genética forte e organismo bem preparado para lhe dar o que você precisaria, que no caso é muito mais que os humanos normais precisam, só assim você se desenvolveria, se não... Bem, você não sobreviveria ao primeiro ano de vida, ela pensa que estava bêbada porque a abdução pode deixar muitos humanos tontos e eles não se lembram do que aconteceu, então ela...
   - Ela deu a louca e transou com um cara que nem conhecia
   - Bem, em resumo é sim
   - Mas por que as abduções não causaram nenhum efeito psicológico em mim?
   - Por que você não é exatamente um humano
   - Ah, claro, devo ser só mais uma daquelas aberrações mutantes que ficam nas cúpulas daquela nave
   - Na verdade não - Achei que ele ia começar a falar um monte de coisas científicas que iam me fazer querer dormir ali mesmo, mas ele só falou - Você deu certo. - Eu parei e olhei nos olhos dele, o que me irritou um pouco porque eu não conseguia identificar nenhuma pupila, ele também olhou nos meus olhos e eu sorri, ele era um pouco mais gato que seus amigos que mais pareciam clones, ele devia ter mais ou menos a minha idade, eu sorri para ele, mas ele tinha que cortar o clima e começar a falar baboseira de novo - Quer 
e depois dessa galera toda veio EU :3
dizer, apenas uma a cada quinze milhões de experiências feitas assim como em você deram certo, então é possível que você se torne o protótipo do futuro da sua espécie, como sabe ela foi criada através engenharia genética, por esses homenzinhos cinza, a milhões de anos eles vem aprimorando sua raça para que ela se tornasse perfeita para as atividades escravas que realizarão quando forem como você
   - Bom... Minha tia vive dizendo que eu sou única, mas isso é... Um certo exagero
   - Desde que os cinza começaram e modificar os seres humanos, você foi a única que deu certo, isso é bom, mas é ruim
era essa a sala
   - Eu sei bem disso - Ficamos ali, mais um bom tempo nos olhando "acho que ele gosta de mim" pensei, mas o mais bizarro foi quando eu mesma confirmei "acho que eu gosto dele" mas logo eu parei completamente de pensar nisso, porque se ele podia me mandar mensagens telepáticas, também poderia saber exatamente o que eu estava pensando... Espero que não. - Qual o seu nome? - Perguntei mudando completamente de assunto
   - Jokinoheyroshinappho - Eu olhei para ele super apavorada até que ele disse - Mas pode me chamar de Jokin, se quiser
   - Ah, claro...
   Nós levantamos de nossas cadeiras e a nave começou a tremer um pouco, eu estava com um all star de salto, então, tropecei e para não cair cair e me apoiei nos ombros dele
   - Chegamos
   - Aonde?
   - No meu planeta, vamos lhe esconder aqui, estará a salvo em Dohyan.
   - Dohyan?
   - É o nome do meu planeta
   Saí da nave logo atrás dele, e não acreditei no que vi, eu me sentia no próprio cenário do filme "Avatar", a única diferença é que não havia natureza para tudo o que é lado, era uma cidade futurística, mas cheia de plantas de várias cores diferentes das que eu conhecia, era indescritível de tão lindo!


                                                CONTINUA...

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