Páginas

Image and video hosting by TinyPic Image and video hosting by TinyPic Image and video hosting by TinyPic Image and video hosting by TinyPic

sexta-feira, 4 de março de 2011

Querido Diário (Segunda)

   A coisa mais bizarra que já havia presenciado desde o cofrinho do encanador do hotel da Dinamarca em que eu fiquei nas férias do ano passado, aquilo havia sido perturbador, mas o que estava na minha frente agora, era bem pior: uma pessoa, homem ou mulher com uma roupa toda preta e uma máscara de esqui também preta, usando a jaqueta oficial da base inimiga, eu sabia, era ele o espião inimigo, ele ficou observando a minha cara inchada de tanto chorar e depois deu um rápido salto para me atacar, ele me derrubou no chão em frente à janela, foi meio rápido, mas eu ainda consegui avistar o Josh, que brincava com o Bingo, mas ele não me viu, virou de costas e saiu do quarto, eu vi a cara dele, ele estava muito feliz e provavelmente ia pegar um refrigerante na cozinha ou qualquer merda do tipo, o importante era que o outro espião nunca soubesse que ele era meu amigo, ou poderia me chantagear seqüestrando ele, mas enfim, o cara me acertou um soco bem no nariz, mas eu chutei entre as pernas dele e quando ele caiu no chão, bati na cabeça dele com o meu taco de beisebol até ele ficar inconsciente e enterrei ele numa reserva florestal perto do parque onde eu e o Josh havíamos ido no dia anterior. Ainda eram dez e cinquenta e duas da manhã e eu já havia matado duas pessoas, se tinha uma coisa que eu queria fazer naquele momento, era voltar pra casa e me trancar no quarto para não ter que matar mais ninguém,mesmo que fosse inimigo, eu já tinha matado o agente inimigo mesmo! Entrei no meu quarto e deitei na cama, a Judy se enrolou de novo no meu tornozelo e ficou lá quieta, eu vi o Josh de novo pela janela, acordando de um cochilo, ele me viu e começou a escrever um bilhete:


ELE: "oi"
EU: "oi, eu não tô muito legal pra falar
ELE: "o que aconteceu?"
EU: "nada"
ELE: "vai, fala o que aconteceu!"
EU: "eu não posso dizer!" e pus uma cara triste do lado da frase
   Ele deu de ombros, colocou o caderno na escrivaninha e saiu do quarto, Bingo ficou na janela, abanando o rabo e me olhando, com a patinha da frente apoiada no para-peito, eu puxei da minha bolsa um pacote de salgadinhos e joguei para ele, depois, fechei a janela, as cortinas e comecei a ver TV com o intuito de não pensar mais tanto nas mortes que havia causado, Judy rastejou até o meu tornozelo, de lá subiu até o meu pulso, e então se direcionou ao meu ombro, acho que ela gosta de ver TV também :)
   Mais tarde, já estava com a consciência leve, havia me convencido de que, sendo espiã, teria de fazer algumas coisas que seriam consideradas ilegais se realizadas por outras pessoas, por isso que a polícia sempre me oferecia uma rosquinha quando eu ia para a delegacia por causa de um "crime", meu celular tocou, ele era rosa e tinha estampa de caveirinha
   - Alô? - Eu atendi
   - Oi, Cee cee, aqui é o Josh, olha... Os meus pais iam almoçar amanhã em um restaurante francês, mas minha mãe desistiu e como eles já fizeram a reserva, meu pai disse para eu ir com alguém, e sinceramente, ficaria muito tosco e estranho se eu convidasse um dos caras para um restaurante francês, então sobra você
   - Ah, claro! Está me convidando pra um restaurante francês por que eu sobrei, valeu ¬¬
   - Ah!Qual é? Sabe que eu estou zoando
   - Certo, eu sei. hsuahsuahushuashuas
   - Então, a gente mata a última aula e vai pro restaurante com o nome que eu não consigo pronunciar ok?
   - Ok.
   Depois de desligarmos, eu passei o dia fazendo tratamentos de beleza em casa e no salão, sem falar na limpeza de pele e nas compras! Hoje na escola, consegui me entediar mais do que o normal com essas aulas chatas, mas minha pulseira começou a vibrar e piscar, pedi à professora para ir à enfermaria, assim que ela me autorizou, corri até o estacionamento, pulei a cerca, entrei numa árvore artificial (é um dos lugares que construíram para eu estacionar secretamente minha moto voadora, tem perto do meu prédio e por toda a cidade), peguei a minha moto e fui até a base, logo que cheguei lá, a True disse:
   - Cee cee, estão te esperando na sala de reuniões
   - Quem?
   - Outros agentes e o seu chefe
   Eu corri até a sala de reuniões e vi lá o meu superior (o nome dele é Bobby, mas ele me manda chamar ele de senhor ¬¬) e outros espiões
   - Oi, gente, que foi?
   - Vimos aqui - Começou o tio Bobby sentado do outro lado da mesa e abrindo uma pasta - Que você exterminou o chefe do espião ontem de manhã
   - Foi... - Falei sorrindo e revirando os olhos como se dissesse "eu sou demais"
   - Mas, pelo visto, ainda não exterminou o próprio espião
   - O QUÊ???
   - Bem... É o que diz a sua ficha...- Ele abriu de novo a pasta - Por acaso o exterminou recentemente?
   - Foi... Logo depois de matar a Jannet. Ela era a chefe... Não é?
   - Sim, Jannet Taylor Martin.
   - E depois matei um espião, não era ele?
essa é a foto que ela usa na ficha
que metida¬¬
   - Aparentemente, era um agente enviado para te executar também, mas este havia sido mandado para defender a chefe, porém, chegou com alguns minutos de atraso
   - Não... Não foi para defender a chefe... Tio Bobby, pode me passar a ficha dela?
   - Hm...- Ele me olhou feio
   - Senhor...- Disse enquanto revirava os olhos e pensava: "que frescura!"
   - Aqui está.
   Ele lançou uma das pastas para mim, estendi o braço para pegá-la enquanto deslizava sobre a superfície lisa da mesa da sala de reuniões, abri a pasta e comecei a ler os nomes dos membros da base dela, entre eles:
   -"Oliver Johnson Taylor", esse é o pai da Jannet, o tio Oliver, ou era... Eu a matei na própria casa, então ele a deve ter visto e tentado me matar...- Eu comecei a corar -Não acredito que ele foi capaz... Não acredito que EU fui capaz...- Cessei meu choro, na verdade estava fazendo um esforço enorme para não voltar a chorar - Mas se não era ele... Então quem era o espião inimigo?
   - Você ouviu a conversa no gravador que ficou com você?
   Eu tirei devagar o gravador do bolso, apertei o botão para ouvir a conversa, ficou mais ou menos assim:
"   - Então, agente 593, o extermínio da vice-presidente da base inimiga... Foi executado?
    - Ainda não, mas ela está na minha mão, quando perceber quem sou será tarde demais!
    - Ótimo! Ótimo!" De primeira eu não reconhecia a voz do cara
"   - Mas, Jann, quando eu exterminá-la, acho que iria querer uma lembrança deste nosso grande feito, não acha?
até entendo os motivos dela para querer minhas
unhas =D
   - Após a morte dela, arranque as unhas, e o couro cabeludo dela, quero guardar para que até os meus filhos e netos vejam a grande avó que tiveram" 
   Eu desliguei o gravador
   - Mas... Mas é a voz do Josh! Não, senhor... Mas não pode ser ele
   - O seu vizinho? É meio improvável, aquele garoto é mais mole que gelatina e...
   Nessa hora, a True entrou correndo na sala e me entregou uma pasta, olhou para o tio Bobby, abaixou a cabeça e saiu correndo do mesmo jeito, eu abri a pasta e não acreditei no que vi: Era como se algo estivesse confirmando que SIM, o Josh era o espião inimigo, tinha uma foto dele, todas as informações pessoais e todas as informações sobre a posição dele na base espiã onde trabalha
   - É ele...
   - Como?
   - É o Josh
   - Então já está mais do que óbvio o que você deve fazer- Ele fez deslizar sobre a mesa uma arma que dispara um ácido que corroe o corpo de um homem adulto em três segundos, eu peguei
   - Não... Não posso fazer isso.
   - Por que não? - Eu voltei a chorar
   - Por que eu gosto dele!
   - Escute, estou lhe mandando fazer uma coisa, então faça, assim que possível! ME ENTENDEU BEM? - Eu abaixei a cabeça e falei baixo quase chorando:
   - Sim, senhor
   -Liberada
mas ficou bem melhor em mim que
nessa modelo metida à besta :B
   Eu saí correndo e chorando, cheguei na escola e fiquei na enfermaria, voltei para a sala na antepenúltima aula, e me entediei MUITO mais do que na 1ª e 2ª aula. Na penúltima aula, e eu filei essa também para me maquiar no banheiro de lá para o encontro no restaurante francês com o Josh, a minha escola é um saco, mas é bem sofisticada, as carteiras são poltronas com mesas na frente, os banheiros são fabulosos e as cantinas são... Bem, nada é perfeito, eu acho... Mas enfim: Eu fui ao banheiro feminino, (estava vazio à essa hora) e comecei a me maquiar, coloquei um batom rosa claro, base e um lápis de olho, fiz um coque alto, porém bagunçadinho com o meu cabelo, e por fim, troquei a roupa, pus um vestido branco com listras tipo de zebra, cinza-claro e uma caveirinha rosa no canto, pus ele com um cinto preto de tachinhas, uma meia-calça preta transparente e um all star de cano alto rosa, depois fiquei adicionando acessórios tipo brincos de argola prateada, colar de caveirinha de ouro, e uma bolsinha chic para por minhas armas
   Saí de lá antes que a última aula começasse, encontrei o Josh no estacionamento, ao lado de um carro vermelho
   - Mandou bem - Falei entrando no carro
   Chegamos ao restaurante e ficamos numa mesa por dentro, começamos à ler o menu, então, para não ter que meter quilos e quilos de pobres lesmas goela à baixo, pedimos um ratatouille, enquanto a comida ainda não chegava, ele tentou puxar conversa:
   - Onde você esteve durante as aulas? - Mas eu não consegui evitar:
   - Eu... Eu sei que é você o espião inimigo - Abri minha bolsa e apontei uma das minhas armas para ele, era um revólver simples e tal
   - Cee cee! Você não pode fazer isso comigo! Eu sou seu melhor amigo
   - Você disse que me matar seria um grande feito seu e da Jannet
   - Eu gosto mesmo de você...Cee cee, eu não estou aqui como espião 
   - Josh... Eu não quero te matar - Entreguei minha arma à ele - Pega.
   - Cee cee, você é fantástica! - Falou olhando a arma - Fantasticamente estúpida, NOSSA! você sabia que é a décima quarta garota a cair nesse truque?
   - E sabia que você é o 1º garoto a cair no meu truque? - Falei tirando a arma que dispara ácido da bolsa, por baixo da mesa sem tirar os olhos dele - Sabia que neste momento eu estou apontando uma arma 1.000 vezes mais poderosa que essa para os seus testículos?- Ele pôs o braço embaixo da mesa e apontou a arma para a minha perna, ouvi ele carregar a arma - Você não se atreveria!
   Mas, sim, ele se atreveria! Tudo o que eu ouvi antes de perder o controle foi o disparo da arma que ele tinha nas mãos, em seguida, agi por instinto: Apertei o gatilho da MINHA arma, que transformou ele em uma pilha de ossos queimados em segundos. Mas logo espiões, médicos e outras pessoas da minha base e da dele, entraram quebrando as janelas, começaram a cuidar da minha perna, lutar uns contra os outros, uma maluquice, eu fechei os olhos e comecei a chorar, berrar e xingar estericamente, porque doía muito! Toda hora alguém mexia na minha perna e começava a latejar, doer, e eu não aguentava mais!

Nenhum comentário:

Postar um comentário